Por dentro da Obsessão Infinita
Uma das coisas planejadas como fomentadora de conteúdo para este blog seriam as exposições que eu visitasse, falando sobre as impressões e opiniões colhidas de cada. A promessa demorou a ser cumprida, porém ela está aqui, para ser lida, e discutida.
E a ocasião não poderia ser melhor, há uns dias atrás eu visitei a exposição Obsessão Infinita, da japonesa Yayoi Kusama, de antemão eu aviso que vale e muito conferir! Ela já saiu do Rio de Janeiro, não sei se está rodando por alguma outra cidade, se estiver confiram, senão dêem uma pesquisada!
Vamos então comentar como foi? Não vou entrar no mérito da descrição da artista, o foco não é esse… ah tudo bem, falo um pouquinho dela, eu digo que ela é muito, mas muito louca, no melhor sentido da expressão. Deu para resumir né? Mas falando sério, eu não a conhecia, não tinha ideia do seu trabalho e seu histórico, a experiência de ver suas obras foi um misto de surpresas e aprendizado.
Caramba, o primeiro pensamento ao ver as obras foi: quantos elementos circulares, cilíndricos e esféricos invadindo meu campo de visão e mente, que viagem maneira essa! Falando só nesse jeito quem está de fora pensa que a artista trabalha com um campo pequeno e limitado, ela também tem composições que saem desse plano circular/cilíndrico, porém ela trabalha tão bem, sobretudo nas cores, distribuição de formas e tamanhos, que essas “bolinhas” viraram marca registrada dela. É interessante, é fascinante você tentar entrar no universo do artista, de repente não entender o por quê ele trabalhou em tal obra, mas dentro desse mundo você se deixar levar e sentir as sensações, isso deixa o trabalho até mais rico, qualquer artista se sente contente e envaidecido. Mas continuando, estar vendo os trabalhos, as instalações da Yayoi Kusama para mim deu a impressão de estar em um lugar paralelo, em um filme, em uma dimensão particular, achei bonito, lindo mesmo. Vontade de pegar as peças e dar um jeito de colocá-las em casa.
As esferas penduradas são o cartão de visita. (Fotos de Vivian Gomes) |
Tenho que destacar a última parte da exposição, uma das instalações mais belas que vi nesse pouco tempo de vida. Caixa escura, paredes e chão pretos, uma passarela e do lado dela uma espécie de piscina, mas muito rasa, ilustrado e iluminado com esferas, de tamanhos e cores diversos, acendendo e apagando, variando as cores. Se formava uma composição obra/espectador praticamente perfeita, se pudesse ficaria por horas ali, entretanto o monitor do CCBB não deixava a gente ficar tanto tempo, uma pena. Esse trabalho eu poderia dizer que é uma trilha sonora, mesmo sem ter um som ali, a trilha sonora que você quiser por, olhar pro alto e para os lados e mergulhar, contemplar. Uma banda que cairia perfeitamente para a obra seria o Keane, vocês conhecem? Não? Recomendo ouvir.
Precisa de palavras para descrever isso? |
Para todo texto há de se ter uma conclusão. E o que concluir com isso tudo? Vale a pena curtir toda forma de arte, seja daqui ou de fora e analisar, mesmo sem ter o conhecimento de causa, cada detalhe, cada marca, cada pincelada, cada desenho, cada forma e formem suas opiniões, compartilhem o que sentiram, isso só contribui com a arte em si e o próprio crescimento do indivíduo. Falei bonito hein? Hahahaha, até o próximo texto, amigos!
O mundo de formas peculiares de Yayoi Kusama |
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