Michael Jeffrey Jordan, considerado o maior jogador de basquete de todos os tempos completou 50 anos no começo do ano, idade redonda para celebrar seus feitos dentro e fora de quadra, aqui vamos discutir esse segundo feito, de como Jordan virou uma gigantesca marca esportiva e global, um elemento que todo profissional de marketing sonharia em trabalhar.

A marca gigantesca chamada Jordan se simboliza pelo seu momento mais sublime, o ato do ataque à cesta, a enterrada, parar no ar. Esse símbolo estampa hoje uma grife de moda esportiva, a principal subsidiária da Nike. Não vamos entrar em tantos méritos e detalhes, mas a Nike sempre foi conhecida pela linha de tênis Air e Michael já era um cara famoso por suas jogadas espetaculares e saltos. Num brainstorming desses lá em Oregon pensaram: por que não fazer o Air Jordan? E em 1984, na temporada de estréia de MJ ele calça o Air Jordan I, trabalho do designer Peter Moore. É ainda hoje um dos mais bonitos da série, o primeiro da série de quase 20 anos de carreira e tal perdura até hoje firme e forte, 10 anos após o rei do basquete se aposentar.

Jumpman, o símbolo de Jordan


O que foi descrito até então não é o único motivo de Michael Jordan virar uma marca conhecida, grande e idolatrada, o cara fez uma carreira vencedora, com campeonatos na NBA, medalha olímpica, títulos individuais e o mais importante, não se metia em grandes confusões fora do seu ofício. Um atleta habilidoso, vencedor, com uma mentalidade agressivamente competitiva e sem manchar sua imagem é perfeito para divulgar o que? Grandes empresas, é claro. Uma das frases de MJ é “Algumas pessoas querem que algo aconteça, outras desejam que aconteça, outras fazem acontecer.” E ele fez acontecer, a Nike viu isso, a Gatorade e tantas outras viram que pegar carona nesse cometa significava nadar em dinheiro. E 30 anos depois esse cometa não apagou, no ano passado o agora ex-atleta faturou 80 milhões de dólares! É mole, ou vocês querem mais?

Air Jordan 1, o primeiro produto da série vencedora

Transformar um atleta, um cantor numa grande marca, um fenômeno pode, e deve ser algo cosntruído, pensado, planejado, até exagerado, o que não dá é para ser forçado, pegar alguém sem o mínimo de carisma, ou algo da personalidade para ser trabalhado e explorado para o público. Por isso acho que R9s, R10s tiveram e tem um certo sucesso por serem do futebol, mas não são cometas longevos como MJ.