Junho de 2013 se foi e tão cedo não deixará de ser recordado, provavelmente não deixará, com tantas manifestações país afora, reivindicando um sem número de ações para melhorar a nossa pátria. Milhões foram saíram de casa e a rua virou literalmente a maior arquibancada do Brasil.

É nesse ponto que quero chegar, “vem pra rua, pra maior arquibancada do Brasil” é parte do jingle da Fiat temático para a Copa das Confederações e se tornou o hit dos manifestantes, um dos primeiros grandes jingles da década de 2010. Por que quero falar sobre isso, por que estou nesse ponto? Simples, para ressaltar que é hábito do brasileiro se apropriar espontaneamente de jingles e slogans, costume que vem de décadas, e das propagandas e campanhas brasileiras, que intencionalmente ou não viram parte do vocabulário do povo. Certamente a Fiat não estava com a intenção de criar uma canção de protesto, muito menos esperava tal repercussão que seu comercial tomou, mas o momento “basta” do país, a letra fácil e oportuna e na minha humilde opinião a voz do Falcão, do Rappa contribuíram demais para o nascimento do #vemprarua.

Vem pra rua, vem!
Como citei, o brasileiro ama se apropriar de elementos de uma campanha publicitária e isso virar parte de sua rotina. Quem nunca falou que tal objeto ou pessoa “não é uma Brastemp”? Ou que em algum momento se classificou como “de mil e uma utilidades, como Bombril”, ou melhor ainda, pegando um recente, quando algo tenebroso acontece a frase “imagina na Copa” aparece para complementar tal assunto. Eu me amarro nessa simbiose de ambos os lados, do emissor e do receptor da mensagem, e isso entre outras coisas nos faz um povo muito criativo. Qual será a próxima frase, o próximo hino que tomará as ruas de assalto? Quem viver verá!