Nessa semana a Motorola anunciou que lançará mais um celular no mercado, denominado por enquanto de Moto X, é o primeiro aparelho em que a Google participa plenamente da concepção e fabricação desde que comprou o clássico Hello Moto. Ainda há uma cortina de fumaça, um bom mistério, o anúncio do produto (na imagem abaixo) não indica tanta coisa. Mas a certeza é que: é um smartphone 100% produzido nos EUA (uma cutucada de leve na Apple) e que será altamente customizável. Bom, pelo o que se sabe é que essa customização será pela escolha das cores e a gravação do nome no aparelho. O homem nos dias de hoje busca ser único, ter tudo exclusivamente seu, e isso acaba virando o que eu chamo de “ditadura da customização”.

Você se pergunta… pô, ditadura da customização? Agora tudo é ditadura? Nomenclatura contraditória não? Teoricamente customizar é se libertar do produto de fábrica, adaptá-lo ao seu bel prazer, no entanto eu vejo dos tênis descolados da Nike a um abadá de carnaval todos ao jeito do freguês, sei lá, fica maçante, chato. Vou deixar bem claro, não sou contra a customização de nada, pelo contrário, tal ato libera a criatividade das pessoas, o que sou contra mesmo é a modinha, é a onda, bom, podemos mudar o nome de ditadura para modinha da customização, fica melhor.

“O primeiro smartphone que você mesmo poderá projetar, pois nos dias de hoje você deveria ter a liberdade de fazer o design das coisas em sua vida de modo que sejam tão únicas quanto você é”. Esse é a chamada da Motorola para o futuro Moto X, esses textos comerciais são lindos e emocionantes, mas será que vão deixar a gente deixar o hardware do jeito que queremos?  Provavelmente não, no máximo mesmo as cores e gravar seu nome, como especulado, então se adquirir o Moto X se acalme, você não terá o smartphone mais customizável e foda do mundo, é só mais um, uma variação quem sabe, mandar fazer uma capinha fica mais você. Pensem a respeito.