Project Thirty Three - Redescobrindo e Relendo Capas de Discos
Capas de disco, especialmente às dos LPs de vinil, são encantadoras. Por vezes já compramos discos muito influenciado pela "cara" deles. Os conceitos e soluções nas capas, sobretudo nas décadas de 1960 a 80, expressam por várias oportunidades o momento, seja artístico ou social, um pensamento, grupo e/ou sociedade. Atualmente há muitos recursos técnicos para se fazer um belo trabalho nesse nicho, mas é difícil superar os trabalhos daquela época, principalmente a parte conceitual, de construção mesmo da arte, salvo algumas exceções.
Para quem gosta de música e é saudoso pelas capas de décadas atrás, a Jive Time Records, loja de discos em Seattle, fez nascer, a partir da ideia de um dos seus gerentes, o Project Thirty Three que é produção própria de capas que a loja vende, resgatando o padrão de design de 40, 50 anos atrás. Pontos, círculos, linhas, quadrados, retângulos, formas inteligentemente concebidas, tipografias coerentes e vivazes, são a base de tudo, e o convite tentador para embarcar no túnel do tempo em uma era de ouro na música e cultura.
O nome thirty three é por causa da ideia inicial e do desafio de se criar 33 capas. Ficou apenas no nome, pois o número de artes já passou de 50 e a produção pelo visto não tem previsão de parar. É o tipo de trabalho feito com muito amor, coisa de fã, não fora feita apenas uma releitura simples, mas sim um redescobrimento e uma releitura característica. Alguma dessas capas faz relembrar a outro lindo projeto, a extinta gravadora Elenco, idealizada por Aloysio de Oliveira, que lançara álbuns de Nara Leão, Vinícius de Moraes, Nana Caymmi entre outros, com capas assinadas por César Villela. Outra referência do Project Thirty Three, aí mais claramente, é que alguns layouts representam bem a arte moderna. Podemos exemplificar movimentos como a Op Art e Neoplasticismo.
Olhe e inspire-se...
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