O cigarro faz mal, mas suas embalagens encantam!
Olá amigos do Café, depois de um mês volto a escrever aqui. Esses últimos tempos me consumiram para o projeto Mundo UH!, me exigindo bastante atenção e foco para construí-lo. Mas não abandonei o blog, e trago um assunto que gera boa discussão: as embalagens de cigarro. Como está aí no título, nem precisamos enumerar os males provocados, porém temos na História embalagens que instigaram o interesse de gente pra colecionar tais objetos, e devem ter feito muita gente pensar que esses loucos são fumantes. Não tem como falar de todas as embalagens do mundo, boa parte são lindas, têm ótimo layout. Um exemplo são os cigarros japoneses da Mild Seven. Para resumir esse papo, e fazer você relembrar de outras referências, causar discussão, vou passar alguns exemplos, que são bem marcantes para mim, isso começando pela década de 80.
O primeiro de todos, o Free. Ele, porque era uma presença diária, foi a marca favorita do meu pai, e consequentemente via aquela composição gráfica na minha frente, tão intensa e elegante. Aquela caixa branca, a inscrição Free, com tipografia mais bold nas hastes verticais e se afinando nas horizontais, resultando no austero, mas sem ser tão conservador. Perfeito para o público de meia idade. A faixa dourada sustentando as outras duas, vermelha e azul marinho, estas com movimentação diagonal, mantendo essa pegada do cara de 40 anos, porém não quadrado. A cereja no bolo é o brasão, na parte de cima. Atualmente o Free está bem diferente, o nome ocupando a embalagem toda, o símbolo mais dinâmico, a variação dos filtros trouxe caixas de distintas cores, buscando um nicho mais jovem ainda.
Free, primeira referência |
Outro exemplo para mim é o Hollywood. É o que de longe fazia as melhores campanhas publicitárias na TV (isso quando ainda era permitido). Eles sim sempre buscaram o público jovem e seus comerciais foram com temas esportivos e de verão. Seu símbolo que se mantém até os dias atuais é o desenho da caixa de cigarro com a forma clássica, aquele vermelhão com as listras azul e branca em menor escala. Engraçado que desde menino, impressionado com as campanhas joviais da Hollywood eu acreditava que o símbolo fosse uma asa delta. Uma loucura, um devaneio de quem vos escreve. Ou será que não?
Hollywood, nos anos 80, para conquistar os jovens |
Para encerrar, vamos para a área do Marlboro. O cigarro do caubói é bem mais ao feitio para fumantes mais velhos que o Free. Embalagem com a base branca, o símbolo geométrico em vermelho, inscrição com tipografia serifada, com destaque para o L e o B, bem mais altos que os outros caracteres, também o brasão em cima. Ok, e é assim, as caixinhas são nesse jeito, contudo a marca Marlboro chamou a atenção para algo bem oposto: o esporte. As pinturas das McLarens de Senna e Prost, o Penske de Fittipaldi, as motos de corrida ficavam simples e esteticamente lindas com a estampa do cigarro do caubói. O vermelho e branco, com o delicado toque de preto é uma ótima combinação, termina no bom design.
Marlboro, lembranças dos patrocínios esportivos |
Não temos como negar a importância que as marcas de cigarro, é um portfólio gigantesco de bons trabalhos feitos com a identidade visual e seu ponto mais visível para a circulação das marcas na rua, que são as embalagens.
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